História da Inquisição Portuguesa
(1536-1821)
- ISBN: 9789896267803
- Editorial: La Esfera de los Libros
- Fecha de la edición: 2016
- Lugar de la edición: Lisboa. Portugal
- Edición número: 2ª ed.
- Encuadernación: Rústica
- Medidas: 24 cm
- Nº Pág.: 607
- Idiomas: Portugués
Em 1536 começava a funcionar, em Évora, onde a corte residia, a Inquisição. O seu objetivo principal era defender a fé e a Igreja. A bula papal da fundação explicitava a natureza dos crimes sob a sua alçada. Apelava-se a todos que denunciassem qualquer pessoa suspeita de ter aderido às crenças luteranas, observado cerimónias e costumes judaicos ou islâmicos, negado a existência da vida eterna, acreditado na transmigração das almas até ao dia do Juízo, contestado a virgindade de Nossa Senhora ou que Cristo fosse o Messias prometido no Antigo Testamento, praticado a bigamia, bruxaria ou feitiçaria, possuído livros para celebrar sabats noturnos ou outros defesos pela Igreja, incluindo bíblias escritas em línguas vernáculas. Iniciava-se uma perseguição que levou milhares de vítimas, homens e mulheres, pelas suas ideias e comportamentos a serem presas, acusadas e, no limite, mortas nas fogueiras por condenação do Santo Ofício. Nascia, deste modo, no coração do Renascimento, a Inquisição, que marcou de forma vincada a História de Portugal e do seu império durante 285 anos.
A sua infuência continua a sentir-se ainda hoje, em certas dimensões da vida institucional e até nos costumes e modos de ser e pensar. Numa pesquisa rigorosa e baseada em consulta exaustiva de arquivos e documentação, Giuseppe Marcocci e José Pedro Paiva apresentam a primeira história da Inquisição portuguesa, desde a sua fundação à extinção, em 1821. Uma obra única e original que permite perceber a história, a vida institucional e judiciária do Tribunal da Fé, a sua evolução, com os seus períodos de crise e de maior perseguição. Sem nunca esquecer as histórias dos homens que formavam este órgão e as suas vítimas – cristãos-novos, feiticeiros, bruxas e outros hereges – que questionavam os dogmas ou a ordem social instituída e, por isso, sofreram duras perseguições e torturas, tendo muitos comparecido em autos da fé celebrados em praças públicas.